sexta-feira, 16 de março de 2012

Jornal Clarín é condenado a retificar título discriminatório publicado

O jornal Clarín foi condenado pela Justiça argentina a retificar o título de uma matéria publicada em 2009.
O texto entitulado “A fábrica de filhos: concebem em série e ganham uma pensão melhor do Estado” dizia que mulheres pobres tinham filhos para receber subsídios.
O título foi considerado ofensivo e, por essa razão, o Clarín deve se retificar. De acordo com o Portal Vermelho, a Justiça argentina considerou que o texto denota “um conteúdo tendente à discriminação e violência psicológica, sexual, simbólica contra a mulher difundindo uma imagem estereotipada que atenta contra sua liberdade reprodutiva”.
As deputadas nacionais Diana Conti e Juliana Di Tullio e a congressista María Teresa García são as responsáveis por apresentarem a ação contra o Clarín. Na opinião delas, o jornal praticou “uma clara violência midiática contra as mulheres”. Ao mesmo tempo, era “uma prática discriminatória, ao estigmatizar um grupo social – mulheres pobres – como incapazes para decidir livremente a concepção de um filho ou dispostas a procriar a fim de obter uma prestação social do Estado”.
A sentença diz que “reduzir o ato de ter filhos a um desejo de subsídio é menosprezar a mulher e desnaturalizar sua condição biológica, bastardear sua condição de mulher até sua máxima expressão” sendo a intenção do editor a de “inclinar a percepção para o sentido mais pejorativo, predispondo o leitor a uma visão desqualificadora e discriminatória, beirando a marginalidade e o menosprezo em relação a estas mães, tentando gerar um clima adverso a elas”.
Em resposta a uma carta de leitores na época da publicação da matéria, o Clarín reconheceu que o título havia sido "infeliz". Por isso, os advogados do jornal consideram o pedido da Justiça "exagerado".
O Clarín deverá fazer sua retificação em um dia que tenha igual tiragem de exemplares daquele em que foi publicada a matéria questionada e também em seu site.

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Amores meus, sei que ando sendo a pior blogueira do mundo. Mas para tanto, tenho um justificativa: agora, além de estudante de jornalismo, também sou estagiária em uma empresa de comunicação denominada Agência Palco. Minhas funções são variadas em frente à Palco. Está sendo uma ótima experiência de amadurecimento, até porque esse é meu primeiro trabalho nesses 20 anos.
Agora que vi que é possível estudar, trabalhar e ter uma vida normal, prometo que farei mais postagens por aqui. Não digo todo dia quanto antes, mas na medida que a cansaço permitir.
Beijos e abraços para todos. É muito bom estar de volta!

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